segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Vida de bióloga tem dessas coisas...

Gente, li em uma reportagem da Revista Super Interessante deste mês a notícia sobre uma bióloga chamada Deise Nishimura (25 anos), que trabalhava na Amazônia, no lago de Mamirauá e foi atacada por um jacaré-açu na varanda de sua casa flutuante, enquanto limpava peixes para o almoço...

A moça só conseguiu sobreviver porque se lembrou do que tinha visto em um documentário sobre tubarões, onde se dizia que a parte mais sensível deles é o nariz. Neste caso não devemos confundir tubarões e jacarés, mas a moça conseguiu se livrar do bicho enfiando os dedos em dois buracos e apertando-os com força. Daí o bicho a soltou, mas acabou levando sua perna direita junto!

Ela nadou de volta até a margem e chamou pelo rádio a equipe da reserva, que a socorreu e no momento ela ainda está se recuperando, com sessões de fisioterapia e usando uma prótese no lugar da perna.

Ela pesquisa sobre os botos, mas já pensa em voltar à Amazônia pra estudar sobre os jacarés.

E pensar que eu estive lá também, em 2002, quando trabalhei no IBAMA e isso até podia ter acontecido comigo também, porque em uma das ocasiões, fui convocada pela chefe do escritório do IBAMA pra acompanhar uma fiscalização no rio Madeira, onde eu deveria ficar no barco ancorado às margens do rio, aguardando os demais fiscais que iam entrar na mata pra procurar locais de desmatamento ilegal!

Já pensou? Eu não sei nadar direito, não sei pilotar barco e muito menos sei lutar com jacarés e era pra eu ficar lá sozinha, no barco, esperando por eles??? Imagina se eu topei...Claro que não, falei pra chefe mesmo ir no meu lugar!

Vou postar curiosidades sobre o tal jacaré-açu, viu?

Até mais,

Um comentário:

  1. Olá Jaara.

    Interessante esta postagem sobre os riscos de nossa profissão.
    Realmente, os profissionais que trabalham com pesquisas, estão sujeitos a muitos perigos.

    Em Abril deste ano fui a uma pescaria no Tocantins e tive a oportunidade de conhecer o Jacaré tinga, que é bem menor que o Jacaré-açu e bem menos agressivo. Vi de perto vários outros animais do cerrado, como o Lobo Guará (que é bem maior que o de nossa região), um bando de Quátis, Araras, Tracajás e Iguanas.

    E como dizem os mateiros daquela região, o perigo lá são as Onças, mas infelizmente não pude ver uma de perto. rsrsr.

    Até mais
    abçs,
    Ezequiel

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